Thursday, December 20, 2007

11º exercício - percurso






12/12/2007


É quarta-feira. Vou para a tuatara. Sem carro. O metro vai ser a solução. À saída, olho para todos os lados. Nariz no ar, para me situar. À minha esquerda estão 2 bancos, do outro lado da rua, o McDonalds. É por ali que tenho de ir. Páro ainda um pouco e olho a estátua. É fria. Está frio.
Ponho-me a caminho.
Viro à esquerda. Agora é na segunda à direita.
Perdi-me. Não sei onde estou.
Sou atraída por uma montra com antiguidades.
Móveis, brinquedos de criança de lata e de madeira. Lembro-me de ouvir histórias, em criança, do meu pai, e ficar triste, porque ele só teve um carrinho de lata. Mas são mesmo engraçados.
Entrei na loja. Estava lá um senhor tão velhinho como as antiguidades que vendia.
Vestia de preto e o cabelo que lhe restava era branquinho como o algodão.
O senhor fez-me um sorriso simpatico, que transmitu uma segurança imediata. Perguntou-me se desejava ver alguma coisa em especial. Respondi que não. Devolvi-lhe o sorriso.
Constinuo a observar as fantásticas antiguidades que por ali proliferam. Quando olho para trás, o velhinho está a fechar a loja. A porta já está fechada. Começo a sentir-me desconfortável.
Pergunto-lhe se quer que saia. Diz-me que agora a saída é pela outra porta, indicando-ma com a mão tremente.
Dirijo-me para lá. Quero sair.
Saio.
Que raio. Porque me deixou o homem aqui? Não consigo ver nada. Vejo vultos. Não são pessoas, o que é? São montes altos e escuros.
De repente sinto o chão a mexer por baixo dos meus pés. Faz-me cócegas. Mas não tenho vontade de rir. Procuro um isqueiro no meu bolso.
Por debaixo dos meus pés, estão 30 000 escaravelhos, aranhas…. Bichos e mais bichos.
Os montes altos, para os quais olho agora atentamente, estão cercados dos bichos que não param. De um lado para outro, sobem e descem.
Mas porque raio o homem me enfiou aqui.
Bom tenho de encontrar uma saída. Lá vou, pisando mais bichinhos que não pediram a ninguém que os pisasse.
Encontro mais ao fundo do beco uma arcada, de onde saiem umas escadas que descem.
Os bichinhos continuam a abundar no chão. Lá ao fundo vejo uma lanterna. Que bom, posso apagar o isqueiro.

O corredor é estreito, escuro, baixo, atrofiante, asfixiante. Há umas frechas altas. Espreito. Estão lá morcegos. Por estranho que pareça, sossega-me haver vida por ali.
Continuo. Vejo uma porta alta, de madeira maciça. Parece a porta de uma casa senhorial antiga. Deve dar para um hall de entrada gigantesco, com um grande lustre, de cristal, daqueles que parece que vão cair na nossa cabeça a qualquer momento. Hall, este, ladeado de duas grandes salas e uma imensa escadaria para os andares superiores.
Por outro lado, sendo a porta subterrânea, deve dar para a ala dos antigos criados.
Bati à porta na espectativa de ter voltado ao Sec. XVIII e de ser recebida por um lacaio.
Mas a porta entreabre-se com as minhas pancadas. Espreito lá para dentro. Há uma coisa que reparo imediatamente, não há bichos lá dentro. Arrepio-me logo. É uma câmara pequena e estéril. Tem a um canto uma mesa com um livro sobre ela. Espreito o livro. O título “Aproxima-se o fim” põe-me ainda mais ansiosa. Abro o livro. Só tem texto. É um livro religioso. Descanso a fronte, aliviada.
Continuo a olhar pela câmara e vejo uma passagem. É um pouco claustrofóbica. Mas a minha curiosidade incita-me a percorrê-la.

Mais uma porta. Desta vez já não estou a pensar no romantismo do Sec. XVIII. Estou um bocado apreensiva. Bato a esta porta e entreabre-se também. Quando espreito, apercebo-me duma pessoa que me olha sorridente.

Aquela cara não me é estranha.
Tenho um sobressalto.
Oiço-a dizer – Estava à tua espera.

Sou eu! Estou bem mais velha.

Que estranho. Emudeci completamente. Quero escutar-me e observar-me apenas.

Eu, daqui a 10 anos, sorrio; à espera que eu, há 10 anos atrás, me observe.
Eu, daqui a 10 anos, estou com ar de mãe… que horror!, compreenda-se, daquelas mães que não fazem mais nada a não ser chingar a vida aos filhos. A minha carreira? Onde está?
Eu, daqui a 10 anos, sei exactamente o que eu, há 10 anos atrás, estou a pensar. E aguardo. Sei que tenho ar de mãe galinha. Mas sei que não o sou. É só o ar. Consegui ter gosto e gozo nestes últimos 10 anos.
E eu, há 10 anos atrás, olho horrorizada para mim daqui a 10 anos, sem saber, que foi por isso mesmo que hoje, 10 anos depois, estou assim.

Eu, daqui a 10 anos, fujo, a saber perfeitamente o que se vai passar a seguir.

Eu, no presente, corro atrás de mim, daqui a 10 anos, e deixo de me ver. Mas encontro à minha frente uma escadaria que sobe e que vai ter a um jardim. Está lua cheia. A visibilidade é total. Afinal estava mesmo debaixo dum palácio do Séc. XVIII. Estes jardins fazem lembrar os jardins do Minotauro. Pelo menos é como eu os vejo, cheios de arbustos labirínticos.
Felizmente consigo voar. As minhas asas abrem-se com o calor do Luar. Assim não me perco
Vejo uma torre lá ao fundo que me chama. Vou até lá. A janela é muito lá no alto. Resolvo ir a pé. Subo as escadas, e lá em cima encontro um quarto, bem confortável. Ai que sono eu tenho, nem me tinha apercebido. Resolvo, ainda assim, espreotar bem o quarto. Foram tantas as surpresas que já tive hoje. Quero saber o que me reserva este quarto. Vejo um armário vazio. Ao lado está um cofre. Morro de curiosidade. Tento abrir a porta do cofre, mas está perra. Puxo com força. Ok. É um frigorífico, parece que adivinhavam, estou cheia de fome. Pão, queijo e leite. Que bom!

De barriga cheia, encosto-me na cama. Sem dar por ela já estou a acordar e a relembrar o sonho. Terá sido um sonho?

10º exercício - Ao sabor de Luigi Nono (1968)

5/12/2007

GREVE. GREVE. ABAIXO O REGIME!


Uh Uh! Que medo! Tenho medo.

Eles vêm aí. Vêm aí para nos matar.
Olá!
Já aí estão, ai, ui que medo. Esconde-te. Anda cá, esconde-te aqui. Aqui eles não nos vêem. Estamos no escuro. Shhh, não faças barulho. Calem-se, shiu! Não façam barulho, por favor. Eu não quero morrer. Calem-se, calem-se. Ai. Medo, medo, medo. Shiu. Acho que estou a vê-los, ó meu deus, vão-nos matar a todos. Pânico. Fujam, fujam, fujam.


JUSTIÇA, QUEREMOS JUSTIÇA.


Estou cansada. Estou cansada, já não aguento mais. O que é que foi? Deixa-me. Já vou, já vou. Mas esta gente não se cala? Assim é pior. Shhh, Shhh.

Vêm aí? Vêm aí? A sério?
Tás a rir-te de quê? Deve ter muita piada estarmos quase todos a morrer! Vamos, vamos.
Sim, sim...


ABAIXO, ABAIXO TUDO, QUEREMOS LIBERDADE.


Vamos. Ok, ok, ok.
Cuidado que eles nos ouvem. Pouco BARULHO!
Vou-me embora! Não vás. Aqui não fico, ainda nos descobrem.
Estou cansada. Uf que cansaço. Não sei como vou aguentar isto. É só fugir, é só correr, estou cansada. Quero descanso, quero paz. Viver em paz. Deixem-me, larguem-me.
Lá vêm outra vez, não vou fugir, não vou fugir mais. Ok, já vou.
ESPEREM POR MIM!
Não pode ser, tenho de confrontá-los, porque é que não o faço? porquê? porquê?
É difícil dar a vida, quero viver. Vou fugir. Vamos, vamos. Ai que estes não se calam. dói-me a cabeça, calem-se, assim não vamos conseguir. Se não nos unirmos contra eles, não vamos conseguir.
Assim não vai dar, ai ai. Sim, é isso, é isso. Vamos. Não. Calma. Vai correr tudo bem! Como sei? Não sei. Acredito. Vamos, vamos. Lá vêm eles, vamos. Fujam. Temos de nos esconder. Só assim conseguiremos. Vamos, vamos.
Sim? NÃO! LARGUEM-ME
Fugir, fugir, fugir, fugir
Ai. Quase que me apanhavam
Como irá isto acalmar?
O sino já toca.... e mais uma vez. O que será que está a acontecer? Não percebo nada. Quero saber, quero saber. Isto nunca mais acaba. Estou farta. Sim? Diz? Não percebo. Fala português, não te percebo.
O quê? O quê? O quê?
Não sei, não quero saber. Vou-me embora. Já há torturados. Isto não é para mim! Adeus

9º exercício - Ao sabor de Kraft (1985) de Magnum Lindberg

5/12/2007

Fim do mundo - lá do outro.
Quarteto para o fim do mundo, aliás!

Gulbenkian, isto faz-me lembrar a Gulbenkian. Porquê?

Ai irritação. É difícil. Tenho de esperar por melhor que assim não dá. Está alguém a bater em alguém? No quê então?
Pouca inspiração. Definitivamente hoje não é dia para isto.
A missão, agora faz-me lembrar a banda sonora da missão.
Amêndoas. hum boas! Saborosas
O gajo do clarinete toca bem
Catapum catapum. tschq tschq. tiruliruli iiiiiiiii
ok, mais?

É complicado escrever com este nervoso miudinho que a música me está a fazer, até Bela Bartok e Paul Indemith são menos dissonantes que isto.
Que raiva, que irritação. ai ai ai! Nunca mais vem o café.

Era uma vez (bora lá abstrair) um patinho chamado Quá Quá. Esse patinho era Amarelo de nascença. Agora que estava quase a ser pai, os seus filhos também iam ter o seu nome: Amarelo — que bonito nome. (Ao contrário do que achava o outro lá daquela peça.) Quá quá Amarelo II, III, IV e seguintes. Quanto mais viessem melhor.
A pata Quá quá Pinto Amarelo que era a mãe, ali estava a chocar os seus ovos à espera que nascessem os seus filhotes.
De repente veio uma ventania tão grande, tão grande que a pata quase não conseguia aguentar-se no seu ninho. Veio uma chuvada grande e a patinha Quá quá Pinto Amarelo ficou estoicamente no seu lugar, disposta a apanhar uma pneumonia para que os seus filhotes nascessem.
Lá chegou o dia. Finalmente.
O pato Quá quá Amarelo andava ansioso dum lado para o outro. Catchapum — soa o sino da igreja. Até parecia que estava a anunciar a chegada dos seus patinhos.
Todos nasceram num instante, o II, o III, o IV, o V e o VI.
Ao fim duns dias o pato Quá quá Amarelo estava a dar em louco. Aqueles patinhos não se calavam, só queriam comer comer comer e pouco dormiam, pelo menos a ele parecia que nada dormiam. Estava com a cabeça a estalar.
Um dia passa lá por casa uma amiga da pata Quá quá Pinto Amarelo. Era uma pata bem jeitosa, pensou o Quá quá Amarelo. Mas rapidamente tirou daí os seus pensamentos. Era um Pato de Família! Sim Senhor! Eh pá, mas ela era bem gira!!!
Bom... já se está a ver o que aconteceu. Não tardou muito, já andava uma grasnadeira por aquela casa e roupa de pato a voar janela fora.
Os patinhos não percebiam nada!
E lá foi o pato Quá quá Amarelo, de orgulho ferido, alugar uma casa sozinho. De orgulho ferido, porque a amiga da pata Quá quá Pinto (e que já não tinha de nome Amarelo) não quis nada com ele.
Os patinhos aproveitaram-se, claro! Ora pediam prendas à mãe, ora pediam prendas ao pai.
Vitória, vitória acabou-se a história!
Vitória sim! porque escrever, aliás... pensar com esta música a tocar já é uma vitória bem grande.

E ainda não acabou o raio da música!

Thursday, December 13, 2007

8º exercício - percurso






28/11/2007

comprida, a direito e com algumas curvas num plano pouco incinado que subia. Lá ao fundo via-se uma curva parecendo que a estrada era muito maior. esta estava ladeda de árvores e ribanceiras. Dum lado as escarpas altas - à esquerda. E do lado direito estavam as ribanceiras profundas.
Estava aborrecida porque a minha intenção era descer e a estrada só subia. Até que vi, à direita, um caminho de terra que descia uma ladeira. Entrava cada vez mais no meio das árvores, era tão cerrado que quase não se vislumbravao céu. Era tudo muito verde. Verde e castanho. e alguns tons avermelhados. Estávamos no Outono. Continuei a andar e vi um brilho, um reflexo do sol que pouco se via por ali. Era uma garrafão de vidro. que estranho, pensei eu. lá dentro estava água, provavelmente do orvalho que caia das folhas das árvores. As pessoas não são nada cuidadoss!
Continuei o meu camonho e um pouco mais à frente encontrei pendurada numa corda que estava presa a uma árvore, uma chave. daquelas de portas antigas, olhei para todos os lados, mas nada, não via nada a que aquela chave pudesse pertencer.
Continuei ainda intrigada com o que tinha acabado de encontrar. Um pouco mais à frente encontrei uma clareira. Luz, que bom. ainda era bem cedo, o sol ainda não chegara ao seu ponto mais alto, mesmo com algumas nuvens no céu era notória a diferença de luz. Embora a clareira não fosse muito grande, as árvores que estava à sua volta, também não o eram e parecia entrar mais luz por aquele buraco azul no meio do verde, a que já me tinha habituado. Continuando o meu caminho apercebi-e que as árvores iam-se tornando menos densas até que ao longe vi água, uma grande quantidade de água. Era um lago, comecei a tentar ver as margens do lago, para saber que caminho tomar e era gigante. Fiquei um bocado chateada, nunca mais chegava ao meu destino. comecei a andar para a direita e encontrei um barco, parecia abandonado, ou pelo menos muito velho. fiquei na dúvida se confiava para me meter no barco ou se continuva a pé.
Optei por não arriscar e fui a pé. comecei a ouvir um barulho que achei estranho por aquelas bandas. mas era mesmo uma galiunha. quem diria, um galináceo ali no meio de nada. devia haver uma casa por ali perto, mas não consegui ver nada.
continueu o meu caminho e realmente lá estava a casa, de onde a galinha devia ter fugido, talvez por querer que os seus ovos dessem pintos, em vez de serem estrelados pelos seus donos.
A casa era velhonha de pedra pintada de um verde já desbodato, que se confundia no meio das árvores. A porta era de madeira com uma fechadura daquelas antigas e a chaminé deitava fumo. Deviam estar a preparar o almoço. De repente lembrei-me da chave que tinha encontrado umas centenas de metros atrás. Devia ser daquela casa. mas que sítio estranho para se guardar uma chave!
Olhei para o céu e do pouco que se via, por causa das árvores e das nuvens, parecia que ia chover. Resolvi bater à porta, até já estava a ficar com fome e podia ser que me calhasse qualquer coisa.
Abriu-me a porta uma senhora com um avental daqueles de corpo inteiro, devia memso estar a fazer alguma coisa. tinah o cabelo preso atrás da cabeça num rabo de cavalo que lhe caia pelas costas abaixo. Já se viam alguns cabelos brancos, já devia ter uns 50 anos, pelo menos. Olhou-me com cara de estupefacta, claro, ali não deve aparecer ninguém.
depois de ter falado com ela e lhe mostrar os meus propósitos, deixou-me entrar para uma sala modesta, mas com a lareira acesa, já àquela hora.
Fui com ela para a cozinha. Serviu-me um chá no meio duma conversa daquelas em que não se diz nada. A cozinha era muito rústica, daquelas de casas no meio so nada.
Não me lembro muito bem o que se passou a seguir, dei por mim a fugir. A minha memória apagou as últimas horas. Sim horas, já era quase noite. Fujia, subia, fugia, subia, estava a entrar em pânico, eram só pedras e árvores a atrapalharem. de repente está preto, aparece à minha frente um muro de negritude que me deixa cega. Sinto-me a cair no chão. Sinto as pontas das pedras a entrarem como bicos afiados pela pele das minhas pernas e corpo adentro. Acabou-se.

7º exercício - (fraseologia) maximização de frases

21/11/2007

1. Os irmãos foram ao cinema.

os irmãos, que eram muito amigos, foram, na semana passada, numa noite muito escura, ver um filme de terror, ao cinema da aldeia.



2. A praia está vazia

a praia, aquela cujas ondas batem sempre forte na areia, o que provoca sulcos perigoso para as baleias que ali vão pastar, estava vazia, naquela manhã avermelhada e quente.


(não se via vivalma, naquele enclave de areia e água salgada)


3. O papel em branco caiu.

o papel, que estaria supostamente escrito, cheio de cábulas e que afinal estava em branco, caiu, desamparado no meio do chão.



4. Ontem havia nuvens.

ontem, à noite, era dia de espreitarmos pelo telescópio, na nnossa aula nocturna, claro, mas havia nuvens, o que no entanto acabou por ser engraçado, pois perdemo-nos em histórias e mais histórias, noite fora.



5. O carro passará na rua.

o carro puxado por bois mostra-se cabsdo, mas passará na mesma, na rua, para alegrar as multidões.


(a viatura será vista neste caminho)


6. Tirei o bolo do forno.

tirei, após esperar 45 intermináveis minutos, o bolo do meu novo e branquinho forno.

6º exercício - (fraseologia) minimizar frases do livo do desassossego de Bernardo Soares








































14/11/2007

1. o relógio toca às 4 da manhã.


2. viver uma vida desapaixonada, culta, à beira do tédio.


3. a quotideaneidade da vida dá-me náuseas


4. estou triste e confuso.


5. ninguém me compreende, o que me deixa triste. preciso morrer para que me entendam, é triste.


6. vou ser positivo, mandando para longe as partes negativas do dia.


7. sempre que me insurgo emotivamente, acabei por não ter razão.


8. de repente tive um clic. vou escrevê-lo.


9. deus não existe. é cada um de nós.

5º exercício - cruzamento de campos semânticos


07/11/2007

casa e ??


ramos de janelas
verde de jantar
cortiça de sótão
tronco de capoeira
seiva de chaminé
casa de banho de flores
jantar de bosta
tapetes de madeira
camas de raízes
quarto de ar
música de formigas
chaminé de adubo
estante de água
quintal das larvas


14/11/2007

pessoa e sentimentos

olhos de alegria
perna de choro
cabelo do êxtase
pelos da paixão
falo de felicidade
língua do ódio
ser de ternura
joelhos de medo
nú da paixão
coração do choro
fala do desejo
bandulho do transe
mente do ódio
miudezas da angústia
suor da ilusão


sono e livro

entrelinha de sonho
chatisse de narrador
olhos da contracapa
editora de pesadelo
(no) calor do index
desperdício de tinta
personagens da almofada
ilustração do bocejar
palavra do frio
café do tacto
copianço da insónia
chatisse do gutemberg
sonambolismo da tinta
resenha do pesadelo
índice da cama
édredon do prolongamento
escudo da ilustração
infantil de sesta
desperdício do tacto

4º exercício - protofrases - svs

07/11/2007

eu ir caneta
aquilo ser amigo
chão andar ontem
tecto ouvir isqueiro
água sentir mesa
copo tocar pessoa
nuvem ler árvore
gato escrever ouviste
portugal dançar olhar
cadeira dar sofá

3º exercício - escrita automática

31/10/2007

1. barulho, música, caos, tempo, muito, avaria, caneta, preta, branca, violeta, azul, vermelho, branco, amarelo, trabalho, computador, ecrã, monitor


2. repetição, novamente, outra vez, mais uma vez, depois, a seguir, andando, indo, longe, perto, atrás, à frente, hoje, amanhã, ontem, dias, tempo, sol, chuva, nuvens, lua, luar, solar, astros, estrelas, astronautas, foguetão, tempo

2º exercício - lembrar de 10 coisas que tenhamos visto na rua do tuatara

Dia 24/10/2007

garagens
carros
finanças
volkswagen (afinal é a mercedes)
estrada
passeio
beatas
portas de vidro
placa toponímica
portas de madeira

1º exercício - analisar manchas tipo roschard

Dia 24/10/2007
1ª prancha

- coluna vertebral
- 1 acrobata de cada lado de braços abertos em voo para o centro da página
ao contrário
- cara
- 1 rã com a cabeça dentro duma rocha indefesa (a rã)
mancha para a direita
-1 cara


2ª prancha
- coccix
- caneta de aparo
- bicho peludo
- busto reflectido na água


3ª prancha
- fonte no emio de uma floresta
- cinderela
- ponte com ramos e folhas
- cara de velha genie of the lamp
- macaco sentado