Thursday, December 13, 2007

8º exercício - percurso






28/11/2007

comprida, a direito e com algumas curvas num plano pouco incinado que subia. Lá ao fundo via-se uma curva parecendo que a estrada era muito maior. esta estava ladeda de árvores e ribanceiras. Dum lado as escarpas altas - à esquerda. E do lado direito estavam as ribanceiras profundas.
Estava aborrecida porque a minha intenção era descer e a estrada só subia. Até que vi, à direita, um caminho de terra que descia uma ladeira. Entrava cada vez mais no meio das árvores, era tão cerrado que quase não se vislumbravao céu. Era tudo muito verde. Verde e castanho. e alguns tons avermelhados. Estávamos no Outono. Continuei a andar e vi um brilho, um reflexo do sol que pouco se via por ali. Era uma garrafão de vidro. que estranho, pensei eu. lá dentro estava água, provavelmente do orvalho que caia das folhas das árvores. As pessoas não são nada cuidadoss!
Continuei o meu camonho e um pouco mais à frente encontrei pendurada numa corda que estava presa a uma árvore, uma chave. daquelas de portas antigas, olhei para todos os lados, mas nada, não via nada a que aquela chave pudesse pertencer.
Continuei ainda intrigada com o que tinha acabado de encontrar. Um pouco mais à frente encontrei uma clareira. Luz, que bom. ainda era bem cedo, o sol ainda não chegara ao seu ponto mais alto, mesmo com algumas nuvens no céu era notória a diferença de luz. Embora a clareira não fosse muito grande, as árvores que estava à sua volta, também não o eram e parecia entrar mais luz por aquele buraco azul no meio do verde, a que já me tinha habituado. Continuando o meu caminho apercebi-e que as árvores iam-se tornando menos densas até que ao longe vi água, uma grande quantidade de água. Era um lago, comecei a tentar ver as margens do lago, para saber que caminho tomar e era gigante. Fiquei um bocado chateada, nunca mais chegava ao meu destino. comecei a andar para a direita e encontrei um barco, parecia abandonado, ou pelo menos muito velho. fiquei na dúvida se confiava para me meter no barco ou se continuva a pé.
Optei por não arriscar e fui a pé. comecei a ouvir um barulho que achei estranho por aquelas bandas. mas era mesmo uma galiunha. quem diria, um galináceo ali no meio de nada. devia haver uma casa por ali perto, mas não consegui ver nada.
continueu o meu caminho e realmente lá estava a casa, de onde a galinha devia ter fugido, talvez por querer que os seus ovos dessem pintos, em vez de serem estrelados pelos seus donos.
A casa era velhonha de pedra pintada de um verde já desbodato, que se confundia no meio das árvores. A porta era de madeira com uma fechadura daquelas antigas e a chaminé deitava fumo. Deviam estar a preparar o almoço. De repente lembrei-me da chave que tinha encontrado umas centenas de metros atrás. Devia ser daquela casa. mas que sítio estranho para se guardar uma chave!
Olhei para o céu e do pouco que se via, por causa das árvores e das nuvens, parecia que ia chover. Resolvi bater à porta, até já estava a ficar com fome e podia ser que me calhasse qualquer coisa.
Abriu-me a porta uma senhora com um avental daqueles de corpo inteiro, devia memso estar a fazer alguma coisa. tinah o cabelo preso atrás da cabeça num rabo de cavalo que lhe caia pelas costas abaixo. Já se viam alguns cabelos brancos, já devia ter uns 50 anos, pelo menos. Olhou-me com cara de estupefacta, claro, ali não deve aparecer ninguém.
depois de ter falado com ela e lhe mostrar os meus propósitos, deixou-me entrar para uma sala modesta, mas com a lareira acesa, já àquela hora.
Fui com ela para a cozinha. Serviu-me um chá no meio duma conversa daquelas em que não se diz nada. A cozinha era muito rústica, daquelas de casas no meio so nada.
Não me lembro muito bem o que se passou a seguir, dei por mim a fugir. A minha memória apagou as últimas horas. Sim horas, já era quase noite. Fujia, subia, fugia, subia, estava a entrar em pânico, eram só pedras e árvores a atrapalharem. de repente está preto, aparece à minha frente um muro de negritude que me deixa cega. Sinto-me a cair no chão. Sinto as pontas das pedras a entrarem como bicos afiados pela pele das minhas pernas e corpo adentro. Acabou-se.

No comments: